Foi Putin e seus bastardos que fizeram isso

Publicado por: Editor Feed News
04/04/2022 12:17:53
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EPA/Roman Pilipey
EPA/Roman Pilipey

Rússia nega autoria dos crimes e diz que as imagens constituem uma “provocação” dos Estados Unidos e da OTAN que visam prejudicar a sua imagem.

 

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As imagens que ontem começaram a circular após a libertação dos territórios no entorno de Kiev mostraram o terror causado pelas forças russas durante as semanas de ocupação, com o mundo a tomar conhecimento das atrocidades que ali foram cometidas através de vídeos e fotografias. Nas imagens é possível ver estradas com com cadáveres nas laterais e as autoridades ucranianas revelaram ainda a existência de valas comuns. Ao todo, mais de 400 corpos foram encontrados nos arredores de Kiev, mais precisamente em Bucha.

 

 

As novas informações motivaram reações dos líderes mundiais, que condenaram as ações russas. Emmanuel Macron, presidente francês, apelou à imposição de novas sanções como resposta aos atos russos. “O que aconteceu em Bucha exige um novo pacote de sanções e medidas muito claras“, disse à rádio France Inter.

 

Para o chefe de Estado, as novas medidas devem incidir sobre o carvão e o petróleo. Perante a expectável negação da autoria das atrocidades pelas forças russas, Macron tratou de esclarecer que há pistas muito claras que apontam para a perpetuação de crimes de guerra na Ucrânia e que as novas sanções são necessárias como forma de dissuasão.

 

Olaf Scholz, chanceler alemão, exigiu mais esclarecimentos sobre os “crimes cometidos pelo exército russo” nas proximidades de Kiev. “Devemos esclarecer esses crimes cometidos pelo exército russo”, pode ler-se num comunicado, que apela ainda à responsabilização dos autores e patrocinados dos crimes.

 

O chefe de governo alemão pediu ainda às organizações internacionais que tenham acesso à região para “documentar as atrocidades”.

 

O secretário-geral da ONU, António Guterres, também se mostrou “profundamente chocado com as imagens de civis mortos em Bucha”. “É essencial que uma investigação independente permita encontrar os responsáveis”, explicou também em comunicado.

 

As palavras mais duras do dia foram as de Volodymyr Zelenskyy, que acusou a Rússia de cometer um genocídio no território ucraniano. “Sim, é um genocídio. A eliminação de toda a nação. Nós temos mais de 100 nacionalidades. Trata-se de destruir e exterminar todas essas nacionalidades.”

 

 

O presidente ucraniano usou ainda as palavras “carniceiros” e “assassinos” para descrever os soldados russos, defendendo que todos os “crimes” cometidos na Ucrânia deveriam ser investigados através de um “mecanismo especial”. “O mal concentrado chegou à nossa terra. Assassinos. Carniceiros. Violadores. Saqueadores. Que se autodenominam o exército. E que só merecem a morte depois do que fizeram.”

 

Zelenskyy falou ainda para as mães dos militares russos. “Porque foram torturados até à morte civis comuns numa cidade comum pacífica? Porque é que as mulheres foram estranguladas depois de lhes terem arrancado os brincos das orelhas? Como podiam as mulheres ser violadas e mortas em frente das crianças?”, questionou, acrescentando que os soldados “mataram deliberadamente e com prazer”.

 

Do lado russo, a postura dos responsáveis políticos e militares é negar a autoria do ataque, defendendo-se com a justificação de que as imagens divulgadas são uma “provocação” e terão sido ordenadas pelos Estados Unidos da América. À televisão estatal russa, Maria Zakharova, porta voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, disse também que os EUA e a NATO são “os mestres da provocação”.

 

A responsável acrescentou que as reações às imagens fazem parte de um plano para manchar a reputação da Rússia. “Neste caso, parece-me que o facto de estas declarações (sobre a Rússia) terem sido feitas nos primeiros minutos após o aparecimento destes materiais não deixa dúvidas quanto a quem ‘encomendou’ esta história”.

 

O país anunciou ainda que vai convocar uma reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre os acontecimentos de Bucha. “À luz das provocações odiosas dos radicais ucranianos em Bucha, a Rússia solicitou uma reunião do Conselho de Segurança da ONU na segunda-feira, 4 de Abril”, anunciou Dimitri Polianski, vice-embaixador da Rússia na ONU.

 

Originalmente Publicado por: Planeta  ZAP //

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